A Índia corria o risco de sair com o cacife desvalorizado se concluísse sua presidência como o único país anfitrião, na história do G20, incapaz de fechar um texto de consenso.
A Índia corria o risco de sair com o cacife desvalorizado se concluísse sua presidência como o único país anfitrião, na história do G20, incapaz de fechar um texto de consenso A boa vontade foi tamanha que o último bastião de resistência ao acordo não veio do G7, cuja opinião pública reagiu negativamente à declaração, mas da Rússia, que conseguiu se safar de uma condenação direta como aquela do G20 do ano passado.
Por Maria Cristina Fernandes, Valor — Nova Déli
Percebendo a boa vontade do outro lado do muro, esticou a corda e levou. Ainda obteve um texto que mencionou a guerra “na” Ucrânia e não, “contra a Ucrânia”.
Se a Rússia percebeu que tinha espaço para desfazer a animosidade do texto da cúpula de Bali, os Estados Unidos se deram conta de que, se fincassem pé no tom da condenação, corriam o risco de não conseguir arrancar da Rússia e da China a concordância em relação à sua condição de país-anfitrião da conferência de 2026. A de 2024 será no Brasil, a de 2025, na África do Sul. Em 2026, como a União Europeia tem assento no G20, mas não o preside, o grupo recomeça o rodízio na presidência. Como os EUA foram os primeiros, candidataram-se a voltar à presidência, mas enfrentaram a resistência da Rússia e, principalmente, da China.
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