O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, propôs, e o Conselho Nacional de Previdência Social aprovou: os juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS caíram 2,14% para 1,70%.
Empréstimo consignado, descontado em folha, tem mínima taxa de inadimplência. Ajuda muita gente no sufoco. A decisão foi correta e justa.
Pois não é que vários bancos, em retaliação, decidiram “suspender temporariamente” o programa? Anote quais foram, até agora: Bradesco, Itaú, Mercantil do Brasil, Banco PAN, Bem Promotora, Daycoval, BMG e C6Bank.
“A usura dessa gente (estúpida e hipócrita) já virou um aleijão”, cantou Gil, faz tempo… “Dominus, domínios, juros além”, cantaram também, no mesmo tom de denúncia, o saudoso Aldir Blanc e João Bosco.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) defende a medida cruel e restritiva: “cada banco tem sua estratégia de negócios”.
Em matéria de sugar a população, esses organismos do capital financeiro são insuperáveis. Agem sem perdão.
Todas as centrais sindicais condenam essa postura e pedem responsabilidade social. Que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal supram esse recuo perverso, insensível, nefasto.
Certas situações nos fazem lembrar Bertolt Brecht, o dramaturgo alemão (1898-1956), em sua “Ópera dos Três Vinténs”: “o que é roubar um banco, comparado com fundá-lo?”
Seesp – Jornal Bancário
FONTE
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