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CFM se coloca contra a legalização da maconha, que avança em vários países desenvolvidos

CFM se coloca contra a legalização da maconha, que avança em vários países desenvolvidos

A descriminalização da maconha vem tendo resultados positivos em outros países, como a redução do encarceramento, efeitos econômicos positivos e melhora da segurança pública.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria divulgaram uma nota na última quarta-feira (16) se posicionando contra a descriminalização da maconha, medida que vem sendo cada vez mais adotada em países desenvolvidos. “A liberação do uso da substância poderá resultar no aumento do consumo, comprometimento da saúde (de indivíduos e pública) e fortalecimento do narcotráfico”, alega a nota das entidades.

A descriminalização da maconha tem sido um tópico de debate em muitas partes do mundo, e suas vantagens vão além das primeiras impressões. Embora haja uma variedade de opiniões sobre o assunto, diversos argumentos apontam para os benefícios potenciais que poderiam surgir com essa mudança de abordagem em relação à cannabis.

  1. Redução do encarceramento: a descriminalização da maconha pode levar a uma significativa redução no número de pessoas encarceradas por posse ou uso da substância. Isso aliviaria a sobrecarga do sistema prisional, permitindo que recursos sejam direcionados para crimes mais graves.
  2. Efeitos econômicos positivos: a legalização da maconha pode criar uma indústria legal e regulamentada, gerando empregos e oportunidades de negócios. A produção, distribuição e venda de maconha legal resultariam em receitas fiscais consideráveis para os governos, que poderiam ser investidas em programas sociais, educação e saúde pública.
  3. Redução do mercado ilegal: ao legalizar ou descriminalizar a maconha, o mercado ilegal associado a essa substância seria enfraquecido. Isso resultaria em menos atividades criminosas relacionadas ao tráfico de drogas, contribuindo para uma redução global da criminalidade.
  4. Controle da qualidade e segurança: a legalização permitiria o estabelecimento de padrões de qualidade e segurança para a maconha vendida. Produtos vendidos em locais regulamentados seriam sujeitos a testes rigorosos para garantir que sejam seguros para o consumo, reduzindo os riscos à saúde dos consumidores.
  5. Acesso a fins medicinais: a descriminalização facilitaria o acesso de pacientes a maconha para fins medicinais, especialmente em casos onde a substância tem demonstrado eficácia no tratamento de condições médicas específicas, como dores crônicas, epilepsia, efeitos colaterais da quimioterapia, entre outros.
  6. Realocação de recursos policiais: ao não mais priorizar a perseguição a consumidores de maconha, as forças policiais poderiam redirecionar seus recursos para combater crimes mais graves, melhorando a segurança pública.
  7. Alívio do Judiciário: a descriminalização reduziria a carga sobre os tribunais, permitindo que eles se concentrem em casos mais urgentes e complexos.
  8. Menos estigmatização: a descriminalização contribuiria para diminuir o estigma associado ao uso de maconha, o que encorajaria pessoas que precisam de ajuda a buscar tratamento sem medo de repercussões legais.
  9. Lições de experiências anteriores: experiências de descriminalização ou legalização da maconha em diversos países e estados têm mostrado resultados mistos, mas muitos deles relataram impactos positivos, como a diminuição das taxas de consumo entre jovens e a redução dos danos associados ao uso não regulamentado.

FONTE:

https://www.brasil247.com/saude/cfm-se-coloca-contra-a-legalizacao-da-maconha-que-avanca-em-varios-paises-desenvolvidos