Elon Musk, com sua vasta fortuna e brilhantismo inegável como engenheiro e empreendedor, tornou-se uma figura central não apenas no mundo dos negócios, mas também na geopolítica global. Sua influência vai além das empresas que controla, como Tesla, SpaceX e Starlink, e se estende à arena política, onde Musk frequentemente se posiciona de forma direta e, por vezes, polêmica.
Diferente de outros bilionários que preferem exercer seu poder nos bastidores, Musk tem feito de suas plataformas e empresas verdadeiras extensões de sua persona pública e de suas opiniões. Recentemente, ele tem estado envolvido em várias controvérsias, desde seu apoio aberto a Donald Trump até embates públicos com o Supremo Tribunal Federal do Brasil, que suspendeu temporariamente o X, a plataforma de redes sociais que Musk comprou e rebatizou.
Além disso, Musk não hesita em fazer previsões e comentários provocativos sobre questões globais, como quando sugeriu que uma guerra civil no Reino Unido é inevitável ou reagiu de maneira exagerada à prisão do fundador do Telegram, Pavel Durov, na França.
Seu poder geopolítico real, no entanto, não reside apenas em sua presença nas redes sociais, mas no controle das empresas que têm papel crucial em conflitos globais, como a guerra na Ucrânia, onde a Starlink tem sido um ativo estratégico para as comunicações.
Enquanto Musk continua a expandir sua influência, suas ações e declarações cada vez mais erráticas e desafiadoras levantam questões sobre os limites de seu poder e a capacidade dos Estados em controlá-lo. A capacidade de Musk de moldar o debate público global e influenciar eventos de grande escala o torna uma figura tão poderosa quanto imprevisível – um verdadeiro “míssil geopolítico” que navega livremente por entre as regras e convenções estabelecidas.
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FONTE: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas
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