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Fórum de Segurança China-África impulsiona energia positiva para a paz global, afirma o jornal Global Times

Fórum de Segurança China-África impulsiona energia positiva para a paz global, afirma o jornal Global Times

Iniciativa Global de Segurança fortalece a África contra jogos de poder, destacam especialistas chineses.

O terceiro Fórum de Paz e Segurança China-África está ecoando o sincero apoio da China ao desenvolvimento da paz e segurança na África, além de seus esforços para ajudar o continente africano a escapar dos jogos de poder das principais nações, afirmam especialistas. A China deu as boas-vindas a cerca de 50 autoridades de defesa e oficiais militares de países africanos para participar do fórum que ocorreu de segunda-feira a sábado.

Li Shangfu, Conselheiro de Estado Chinês e Ministro da Defesa Nacional, fez um discurso de destaque no fórum, que teve como tema “Implementação da Iniciativa Global de Segurança [IGS] e Fortalecimento da Solidariedade e Cooperação China-África”. Este evento sucedeu à 15ª Cúpula do BRICS e ao Diálogo de Líderes China-África realizados em Joanesburgo.

O segundo Fórum de Paz e Segurança China-África foi realizado via vídeo em julho de 2022, no qual o Presidente Chinês, Xi Jinping, enviou uma carta de congratulações, apontando a direção para o fortalecimento da união e cooperação entre China e África para alcançar a segurança comum. “Estabelecer uma África pacífica e estável é um dos sete indicadores-chave da Agenda 2063 autodeterminada pela União Africana, que também serve como padrão para avaliar o desenvolvimento e modernização da África. No entanto, nos últimos anos, o continente africano tem enfrentado desafios de segurança”, explicou Song Wei, professor da Escola de Relações Internacionais e Diplomacia da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, ao Global Times na segunda-feira.

Song observou que, em primeiro lugar, o Chifre da África testemunhou conflitos regionais, e os esforços de contra-terrorismo na região do Saara têm sido uma prioridade para o continente. Recentemente, Níger, um ponto focal pivotal de contra-terrorismo no Saara, passou por um golpe militar, destacando a instabilidade e insegurança geral em todo o continente. “Além disso, o ressurgimento do unilateralismo e a intensificação da competição geopolítica entre grandes potências transformaram a África em um campo significativo para suas rivalidades. Essas dinâmicas tiveram efeitos prejudiciais na situação de segurança e desenvolvimento da África”, acrescentou ela.

A China sempre foi uma contribuinte e participante da paz e segurança na África. Respeitando plenamente os desejos da África e aderindo às normas básicas das relações internacionais, a China intensificou continuamente seu envolvimento nos assuntos de paz e segurança na África. No campo das operações internacionais de manutenção da paz, mais de 80% dos pacificadores chineses estão destacados na África. A China participou de 17 missões de manutenção da paz da ONU, enviando mais de 32.000 pessoas para a África. Entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a China enviou o maior número de pacificadores para o continente, de acordo com relatos da mídia.

Desde 2008, as Forças Armadas chinesas enviaram 44 forças-tarefa de escolta para as águas do Golfo de Aden e Somália e conduziram exercícios conjuntos anti-pirataria com países como Nigéria e Camarões, contribuindo para a segurança marítima e estabilidade regional. Em relação a pontos críticos regionais, a China participou ativamente de conferências internacionais de paz relacionadas ao Saara, Sudão do Sul e Chifre da África. Em janeiro de 2022, a China propôs a “Iniciativa de Desenvolvimento Pacífico no Chifre da África” e realizou a conferência inaugural de paz China-Chifre da África em junho de 2022.

À medida que a crise Rússia-Ucrânia continua a escalar e conflitos regionais surgem na África, incertezas também continuam a crescer, tornando necessário que a China e a África mantenham a mesma ou uma postura semelhante na proteção da paz, afirmam alguns especialistas. “Um ambiente externo pacífico é uma necessidade mútua tanto para a China quanto para a África. Apenas por meio da paz ambas as partes podem prosperar individual e coletivamente. Isso é uma manifestação significativa do destino compartilhado entre China e África”, disse o especialista militar chinês Song Zhongping ao Global Times na segunda-feira.

Através do fórum de paz e segurança, a China e os países africanos esperam chegar a um consenso político para desenvolver uma perspectiva internacional mais ampla sobre segurança e um conceito de segurança compartilhado, ao mesmo tempo em que aprimoram a cooperação no campo da segurança, prevêem alguns especialistas. “A China não interferirá nos assuntos internos dos países africanos, mas ajudará as nações africanas a construir capacidades militares defensivas, estando também disposta a intensificar a colaboração com os países africanos no combate ao terrorismo e em outros assuntos de segurança não tradicionais”, afirmou Song Zhongping. A China também participará de trocas de tecnologia militar com esses países, permanecerá aberta a exercícios conjuntos com departamentos militares e de defesa africanos e oferecerá treinamento de manutenção da paz, acrescentou Song Zhongping. “Tudo o que a China faz tem como objetivo manter a paz e estabilidade regionais, auxiliar os países africanos na construção de capacidades de autodefesa viáveis e garantir capacidades de defesa sem alterar o equilíbrio de poder local”, concluiu o especialista.

FONTE:

https://www.brasil247.com/mundo/forum-de-seguranca-china-africa-impulsiona-energia-positiva-para-a-paz-global-afirma-o-jornal-global-times