Sobre a Ucrânia, compartilho uma análise inteligente e sóbria acerca das estratégias do exército russo apresentadas por Petr Labrentsev . Lembrando que o Petr, além de excelente musico e compositor possui formação acadêmica em Inteligência de Estado. Isso pra não falar da herança genética na área em questão.
Informação interessante…
Cada soldado raso russo que participa na Operação Militar Especial da Rússia na Ucrânia recebe, imediatamente e aquando do alistamento, uma quantia equivalente a 6.000 Euros, e depois 2.000 Euros por mês.
A par disso, a industria russa, especialmente a militar, está no seu auge de produção e avanços tecnológicos e científicos.
Milhares de fábricas por toda a Rússia estão trabalhando 24-7, produzindo munições, mísseis, drones, tanques de guerra, aviões de combate, helicópteros militares, etc.
Os salários dos operários, que são admitidos mesmo sem experiência prática, são muito elevados, especialmente em comparação com os preços dos bens comuns, que são baixos, o que proporciona uma qualidade de vida bastante mais elevada do que na América do Norte ou na União Europeia.
Isto tendo em conta que a Rússia está operando com APENAS 15-20% de todo o seu potencial militar convencional (ou seja, excluindo o armamento nuclear).
O restante poderio militar e humano está reservado para uma possível Grande Guerra contra a NATO.
Estes números não são, de todo, espantosos, dado que, atualmente, a Rússia é a 5ª maior economia do Mundo, e com a 2ª maior reserva de ouro do Mundo.
Para quem está a par, é sabido que qualquer esforço de guerra dum país requer uma reserva de metais preciosos suficiente para assegurar a estabilidade da respetiva economia. Efetivamente, a Rússia está mais que bem neste sentido.
Assim, a Federação da Rússia está levando a cabo, claramente, uma Guerra de Desgaste (“Attrition War”), – um conceito da Estratégia Militar. Este tipo de guerra passa por desgastar económica, psicológica, política, demográfica e militarmente o adversário, a longo prazo, tornando o mesmo disfuncional.
Este objetivo da Rússia está, efetivamente, a ser atingido:
– a Ucrânia já perdeu uma parte considerável do seu território;
– as perdas humanas ucranianas são gravíssimas;
– a reputação da Ucrânia junto das populações do Ocidente coletivo tem vindo a cair, afetando a capacidade financeira do regime de Zelensky;
– os casos de deserção dos militares ucranianos para o lado russo têm sido cada vez mais numerosos, sistemáticos e flagrantes;
– a crise demográfica na Ucrânia tem-se acentuado, com a esmagadora maioria dos migrantes a refugiar-se na Rússia, e não nos países da Europa Ocidental, onde já não são bem recebidos e sentem-se discriminados e ostracizados;
– o regime de Zelensky, que tem buscado apoio junto dos grupos de extrema-direita neo-nazi tem sido cada vez mais desacreditado, internacionalmente.
Por fim, e geopoliticamente, a Rússia assegura a não entrada da Ucrânia para a NATO, garantindo, assim, a defesa da sua zona de influência direta na periferia ocidental do país; bem como a exclusão da presença militar da NATO junto das suas fronteiras, no flanco ucraniano.
FONTE
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