Presidente cumprimentou 32 brasileiros e familiares que foram trazidos do território bombardeado por Israel.
O presidente Lula (PT) recebeu na noite de segunda-feira (13) o grupo de 32 brasileiros e palestinos que foi repatriado da Faixa de Gaza e disse que o governo de Israel também comete atos de terrorismo ao bombardear o território.
“Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo e fez o que fez, o Estado de Israel também está cometendo vários atos de terrorismo ao não levar em conta que as crianças não estão em guerra; ao não levar em conta que as mulheres não estão em guerra; ao não levar em conta que eles não estão matando soldados, estão matando junto crianças”, declarou o presidente.
“E, depois, [há também] a destruição de tudo que as pessoas levam décadas para construir. Uma casa, uma rua, um prédio, uma escola, um hospital, e depois uma simples bomba detona aquilo sem ninguém assumir a responsabilidade de quem vai recuperar aquilo”, disse.
Lula afirmou que Israel não está matando apenas pessoas que estão na guerra. “Não estão matando soldados, estão matando junto crianças. Já são mais de 5 mil crianças e tem mais de 1,5 mil crianças desaparecidas que certamente estão no meio dos escombros”, criticou.
O presidente disse que locais como hospitais e casas estão sendo destruídos por bombas “sem ninguém assumir responsabilidade de quem vai recuperar aquilo”.
Além disso, também afirmou que o governo federal está à disposição para buscar mais pessoas que estão na área de conflito e elogiou o trabalho do Ministério das Relações Exteriores nas operações para repatriar os brasileiros.
Ele elogiou o desempenho do chefe da pasta, Mauro Vieira, no Conselho de Segurança da ONU e lembrou que uma resolução do Brasil em favor da criação de um corredor humanitário na área de conflito foi aprovada por 12 países e só não foi para frente devido ao veto dos Estados Unidos.
O presidente estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, e dos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Justiça, Flávio Dino, da Comunicação, Paulo Pimenta, dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, e da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo.