A pluralidade nos meios de comunicação é importante, não porque aí “teremos uma boa imprensa imparcial”, mas porque você terá a oportunidade de conhecer a outra versão.
O caso da idosa israelense sequestrada pelo Hamas é a ilustração exata de como os meios de comunicação ocidentais entraram numa espiral de autofagia e negação da realidade, imbuídos de uma missão social que não lhes cabe (ou não é verossímel).
POR Daniel Spirin Reynaldo EM SEU FACEBOOK
Nos grandes jornais, foi noticiado que a velha senhora foi brutalmente espancada. De fato, os sequestradores deram umas pauladas nela. Mas há uma versão mais realista que não foi ao ar porque é “realista demais” e força o senso crítico da sociedade. Vejamos o que saiu numa mídia britânica pouco falada.
“Eles me bateram com um pedaço de pau, me incentivando a andar sozinha. Claro, foi um inferno para mim. Mas então tudo foi diferente”, disse a senhora Yocheved Lifshitz, libertada.
Ela notou que quando foi levada para o local de prisão, viu “toda uma teia de túneis”.
“Lá recebemos cuidados médicos e alimentação. Recebemos pão, vários tipos de queijo, incluindo duro e cremoso, vegetais, chá e água para beber, também pepinos. Éramos alimentados todos os dias. Além disso, aqueles que nos protegiam, comiam a mesma coisa que nós. E dormiam em colchões não muito longe de nós”, afirmou a israelense.
Lifshitz disse aos repórteres que os médicos palestinos verificaram sua saúde e também prestaram assistência a outras pessoas em caso de ferimentos.
Durante a conferência de imprensa, Yocheved Lifshitz criticou o comando israelita e o exército como um todo, dizendo que eles eram uns “merdas” porque subestimaram claramente a ameaça que representava para os cidadãos israelitas.
“Portanto, tal ataque acabou sendo possível”.
No Jornal Nacional, Lifshits é apenas uma senhorinha torturada. Já nas redes sociais, ela é corajosa, consciente, crítica e dona de suas próprias opiniões.
FONTE:
https://www.facebook.com/photo/?fbid=6694907210564746&set=a.171787036210162