Editor do canal, Breno Altman diz que não irá alterar linha editorial.
Editor do site Opera Mundi, o jornalista Breno Altman afirmou nesta segunda-feira (9) que o Youtube suspendeu uma parte da monetização do jornal por causa da cobertura do conflito entre israelenses e palestinos, no Oriente Médio, continente asiático. O colunista tem uma postura crítica à política do governo de Israel sobre a Palestina, que reivindica territórios como Faixa de Gaza, Cisjordânia e vê Jerusalém Oriental como a sua capital.
“Fomos informados pelo YouTube que nossa monetização estava parcialmente suspensa, por denúncias a respeito de nossa cobertura sobre a situação na Palestina. Trata-se de grave violação à liberdade de imprensa, provocada pelo alinhamento das grandes corporações de comunicação ao Estado de Israel, atiçadas pelos ataques sionistas nas redes sociais”, escreveu o jornalista na rede social X, antigo Twitter.
“Recorreremos à própria plataforma para que essa decisão seja retificada, e manteremos inalterado nosso trabalho jornalístico. Jamais cederemos à pressão antidemocrática e criminosa dos inimigos dos povos e da paz: as agressões coloniais do Estado de Israel continuarão a ser noticiadas e denunciadas, por Opera Mundi e por mim. Peço a todos e todas que continuem a se informar através de nosso site (http://operamundi.com.br) e de nosso canal (http://YouTube.com/@opmundi), contribuindo financeiramente da forma que desejarem e puderem, nos ajudando a enfrentar a tentativa de censura e intimidação”.
O governo israelense, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou ter sido atacado no último sábado (7) da Faixa de Gaza por integrantes do Hamas, grupo que nasceu nos anos 80 e é uma das principais organizações islâmicas. A maioria dos membros da organização é sunita, que representa cerca de 90% dos muçulmanos e, segundo esta corrente de pensamento, o califa – chefe de Estado e sucessor de Maomé (570-632), deveria ser eleito pelos muçulmanos. O Hamas está pronto para iniciar alguma forma de diálogo com o governo de Israel para negociar um cessar-fogo entre as partes, disse Moussa Abu Marzouk, um dos líderes do alto escalão do grupo.
O Hezbollah também entrou no conflito e atacou Israel. O grupo é libanês, de maioria xiita, e surgiu durante a ocupação israelense do Sul do Líbano nos anos 1980 e 1990. Para os adeptos desta corrente, o profeta e sucessor legítimo deveria ser Ali (601-661), genro de Maomé.
Os dois grupos (Hamas e Hezbollah) são considerados terroristas por países como os Estados Unidos e o Reino Unido. EUA, França, Alemanha, Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia e País de Gales) e Itália fizeram uma declaração conjunta de apoio a Israel contra a entidade islâmica.
O governo brasileiro, que preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), defendeu a criação de um Estado palestino. Nesta terça (10), algumas capitais brasileiras terão manifestações em apoio aos palestinos.