Mortos em Israel têm rosto, nome, história, família. Mortos no Irã são monstros. Mortos em Gaza são anônimos.
A resposta do Irã a Israel deixou mais clara a hierarquização da vida promovida pela mídia corporativa.
Mortos em Israel têm rosto, nome, história, família, trabalho e sensibilizam repórteres e apresentadores.
São gente – a comoção indica.
Mortos no Irã viram fotos formais, exóticas, sem histórico, laços afetivos, associados a perigo para inspirar medo e repulsa.
São monstros – a narrativa sugere.
Mortos em Gaza são anônimos, números, sem foto, história, situação social, família e não geram lágrimas na voz fria do off.
São inumanos – a frieza aponta.
A mídia faz a retórica do genocídio.
FOTO: RS/Fotos Públicas
FONTE: https://www.brasil247.com/blog/a-midia-faz-a-retorica-do-genocidio