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A Revolução do Tório na China – 60.000 Anos de Energia Barata

A “Revolução do Tório” na China refere-se ao investimento pioneiro em reatores nucleares movidos a tório, um elemento abundante e seguro, capaz de prover energia limpa e barata por até 60.000 anos — graças às imensas reservas do mineral recém-confirmadas na Mongólia Interior.

O que é o tório e seu diferencial

– O tório é um metal três vezes mais abundante que o urânio, menos propenso a acidentes nucleares e gera resíduos radioativos de vida mais curta, tornando-se alternativa promissora para a próxima geração da energia nuclear.
– Os reatores chineses de sal fundido a tório operam a temperaturas mais baixas, não correm risco de fusão descontrolada e não requerem água para resfriamento, sendo ideais até para regiões áridas e aplicações espaciais.

60.000 anos de energia barata: fato ou promessa?

– Estudos recentes revelaram que os depósitos chineses de tório, especialmente em Bayan Obo, podem fornecer energia suficiente para o país por até 60 mil anos na atual taxa de demanda elétrica.
– Isso representa uma soberania energética inédita, com potencial de transformar a China na líder global de energia nuclear limpa, eliminando em grande parte a dependência de carvão, petróleo e gás natural.

Impactos geopolíticos e tecnológicos

– Dominar a cadeia produtiva do tório pode alterar o equilíbrio global do poder energético, já que “toda nação possui tório”, mas poucas têm tecnologia para explorá-lo de forma eficiente.
– Os EUA e a Rússia também buscam avançar em reatores a tório, mas a China está na dianteira ao inaugurar o primeiro reator experimental de sal fundido do mundo e aprovar múltiplas usinas comerciais até 2029.
– Entre os desafios estão a extração segura, processamento ambientalmente sustentável e barateamento da tecnologia para produção em massa de energia.

A verdadeira “revolução do tório” aponta para um futuro de energia abundante, acessível e com impacto ambiental reduzido, solidificando o protagonismo chinês na nova era da sustentabilidade e segurança energética.

O interesse nesse tipo de reator ocorre devido ao tório-232 ser encontrado em maior abundância na natureza que o urânio – Foto: Pixabay

FONTE: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas

( Reprodução autorizada mediante citação da fonte: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas )