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Bolsonarismo: traição à pátria, de verde e amarelo

Mesmo sob o disfarce do verde e amarelo, bolsonarismo atua em favor de interesses estrangeiros e contra a soberania nacional.

Só pode ser mais indignante do que a disposição de trair a pátria o fato de que aqueles que o fazem se escudam nas cores da própria pátria.

Começamos a semana envolvidos em debates sobre o balanço da recém-concluída cúpula dos BRICS, no Rio de Janeiro. Muitos se mostravam inteiramente satisfeitos com a magnitude do evento e os inúmeros acordos importantes estabelecidos entre seus integrantes.

Por sua vez, outros punham em questionamento essas alegações de êxito em razão da ausência física de duas figuras de grande destaque no bloco: o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo chinês, Xi Jinping. Assim, suas ausências sinalizariam uma nítida perda de relevância do acontecimento e, em consonância, do prestígio de Lula e de nosso país, por não termos conseguido ganhar a confiança de todos.

Contudo, todo esse panorama nebuloso começou a se dissipar nos dias seguintes.

Com a divulgação da nota do governo de Donald Trump comunicando que os Estados Unidos aplicariam taxações adicionais de 10% aos membros dos BRICS e àqueles países que aderissem às suas propostas, dirimiu-se qualquer dúvida que ainda permanecia em nossa mente: o encontro foi, sim, plenamente exitoso. A prova disso é o fato de ter incomodado o imperialismo gringo a ponto de eles partirem para um ato de agressão de tamanha proporção.

Entretanto, isso seria pouco diante do que estava por vir. Pouco depois, em uma carta do próprio chefe da potência imperialista, o governo dos Estados Unidos se metia de cheio nas questões internas de nosso país e anunciava que, devido ao processo legal em curso contra o patriarca do bolsonarismo por sua participação no frustrado golpe de Estado de janeiro de 2023, seriam aplicadas tarifas alfandegárias de 50% a todos os produtos brasileiros exportados para lá, como punição pelo ajuizamento do líder do golpe.

Mas cabe uma indagação: o que poderia induzir o presidente de um país, em pleno século XXI, por mais poderoso que fosse, a atuar de modo ainda mais infame do que ocorria nos tempos em que o Império Romano ditava as regras a seu bel-prazer?

E é na resposta a essa pergunta que vem à tona a questão da traição à pátria. Não nos esqueçamos de que um dos integrantes do clã bolsonarista se licenciou de seu cargo parlamentar no Brasil para se instalar nos Estados Unidos, com a determinação de operar diuturnamente junto a Donald Trump e seus funcionários, com vistas a encontrar formas de derrotar o atual governo brasileiro e instalar o patriarca do bolsonarismo, ou alguém a ele achegado, no comando de nosso país.

Imbuído desse propósito, o delfim do bolsonarismo, radicado temporariamente em terras gringas, tem se dedicado a arquitetar planos que buscam destruir a capacidade de nosso país de se sustentar com autonomia e soberania. Tudo tem sido feito para orientar Donald Trump e seu grupo de extrema-direita nazifascista sobre como golpear os interesses do povo brasileiro, de modo a gerar o máximo de dificuldades possível para nossa nação.

Evidentemente, para cumprir seu plano de retomar o comando político do Brasil, o bolsonarismo não se acanha diante de nenhuma sordidez. Muito mais do que provavelmente, eles devem ter se comprometido a entregar e franquear aos grandes capitalistas gringos e suas corporações todos os nossos recursos e nossas empresas estatais. Seguramente, o petróleo e a Petrobrás estão na mira central de seus disparos.

É muito compreensível que Donald Trump se empenhe para livrar da prisão seu aliado maior em nosso país. Ele sabe da importância de contar com alguém que não hesita em colocar os interesses dos Estados Unidos acima dos do povo brasileiro. Então, para quem raciocina de acordo com o que pensa Donald Trump, é muito válido e desejável ter na direção de uma nação que ele deseja espoliar uma pessoa e um grupo político que sempre estarão dispostos a cooperar para que se consuma o projeto trumpista de “Fazer os E.U.A. ser grandes novamente”.

Este é um momento de crucial importância para todos os brasileiros de coração. É chegada a hora de defender a pátria de verdade. O bolsonarismo é traição a tudo o que significa independência, soberania e dignidade do povo brasileiro. Por mais que se disfarcem com as cores verde e amarela, seu entreguismo e viralatismo falam muito mais alto. A podridão da traição exala por todos os poros do bolsonarismo e de seus controladores do grande capital da elite do atraso.

Foto: Reprodução

FONTE: https://www.brasil247.com/blog/bolsonarismo-traicao-a-patria-de-verde-e-amarelo