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Como a crise na síria pode alterar o mapa energético do Oriente Médio?

Embora as reservas de petróleo da Síria sejam pequenas, sua localização estratégica a posiciona como um importante centro logístico para produtores de petróleo e gás do Oriente Médio. Quais rotas energéticas são propostas para passar pela Síria?

Rotas existentes

Gasoduto Árabe (AGP): projetado para exportar gás egípcio para Israel, Jordânia, Síria, Líbano, Turquia e Europa, o AGP enfrentou repetidos desafios, especialmente no trecho sírio de Aleppo a Kilis, na Turquia, interrompido pela guerra civil em 2011.

Oleoduto Iraque-Síria: anteriormente usado como rota de trânsito para o petróleo iraquiano até o Mediterrâneo, o oleoduto foi danificado na guerra do Iraque em 2003 e sofreu novos impactos com a guerra civil síria em 2011.

Rotas potenciais

Gasoduto Qatar-Síria-Turquia: uma proposta de 1.500 km de gasoduto do Catar até a Turquia e Europa via Síria foi supostamente rejeitada pela Síria em 2009.

Gasoduto Irã-Iraque-Síria: um acordo preliminar foi assinado em 2011 para transferir gás iraniano para a Europa através do Iraque, Síria, Líbano e Mediterrâneo. Contudo, o projeto está presumivelmente arquivado.

Impacto da crise síria nas rotas energéticas

Mudanças nas rotas de gás e petróleo: a queda do governo sírio poderia potencialmente reestruturar rotas para Turquia e Europa, segundo analistas.

Reavaliação do projeto Qatar-Síria-Turquia: algumas publicações turcas sugerem que o projeto pode ser reconsiderado.

Interesse do Iraque na reconstrução: o Iraque demonstrou interesse, em 2023, na reconstrução do antigo oleoduto para importar petróleo para a Europa.

Reações do mercado: enquanto o mercado de petróleo não reagiu fortemente à queda do governo sírio em 9 de dezembro, os preços do gás natural subiram cerca de 10%.

FOTO: Freepik

FONTE: @sputnikbrasil no Telegram