A América Latina, que sempre foi considerada o “quintal” do imperialismo norte-americano, está sob uma ofensiva perigosíssima.
Ainda não está claro qual é o objetivo imediato do imperialismo em relação à Venezuela. O histórico criminoso do imperialismo e a sua situação de fragilidade, no entanto, tornam as recentes ameaças do governo norte-americano um problema seríssimo para todos os povos da América Latina.
Após sofrer derrotas militares profundas, como a expulsão das tropas norte-americanas do Afeganistão e a Operação Dilúvio de Al-Aqsa no Oriente Médio, o imperialismo tem se tornado cada vez mais agressivo. Buscando retomar o seu domínio sobre os povos, a ditadura do grande capital tem recorrido a assassinatos, golpes de Estado e guerras genocidas.
A América Latina, que sempre foi considerada o “quintal” do imperialismo norte-americano, não será poupada desta contra-ofensiva. Experimentos já estão sendo feitos em países como a Argentina, onde há uma guerra econômica do presidente Javier Milei contra o povo, e em El Salvador, onde há uma guerra do aparato de repressão do Estado contra a população.
O envio de navios de guerra para o Mar do Caribe é uma agressão de grande gravidade, e não apenas para a Venezuela. O país não apenas é importante por ser o único regime progressista da América do Sul, servindo de apoio para a luta anti-imperialista no subcontinente, mas também porque faz fronteira com o Brasil. Caso os Estados Unidos invadam a Venezuela, estarão a poucos passos de invadir o Brasil. Da mesma forma, caso o imperialismo encontre dificuldades em combater os milhões de venezuelanos dispostos a defender a sua pátria, a burguesia brasileira acabará ordenando que os militares brasileiros entrem na guerra contra o país vizinho.
Esta situação obriga o povo brasileiro a defender ativamente a Venezuela. Defender a Venezuela, hoje, é defender o Brasil das ameaças imperialistas.
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FONTE: https://causaoperaria.org.br/2025/defender-a-venezuela-hoje-e-defender-o-brasil/