A diferença militar entre os EUA/Europa e a Rússia não se resume apenas ao poderio armado, mas, principalmente, à forma como essas armas são empregadas. Ambos os lados possuem capacidades tecnológicas e bélicas equivalentes.
Um exemplo claro dessa distinção pode ser observado no ataque aéreo dos EUA contra os Houthis no Iémen. O bombardeio realizado pelos caças estadunidenses foi indiscriminado, visando incutir medo e terror na população. Não houve preocupação com a vida de civis, e os alvos eram frequentemente “quaisquer” estruturas que se assemelhassem a bases militares ou armazéns. A maioria das vítimas até o momento tem sido civis.
A prática da “terra arrasada” é uma constante na história militar dos EUA, remontando à Guerra da Coreia, passando pelo Vietnã, Iugoslávia, Líbia, Síria, entre outras nações. Israel também tem adotado essa abordagem em Gaza atualmente.
Em contraste, a Rússia tem conduzido suas operações na Ucrânia de maneira cirúrgica ao longo dos últimos três anos, com cada alvo sendo exaustivamente estudado. As baixas civis entre os ucranianos são significativamente menores em comparação às ocorridas em territórios onde as Forças Armadas dos EUA estiveram envolvidas.
Alguns críticos argumentam que a Rússia deveria ter encerrado a “resistência” da Ucrânia/OTAN logo no primeiro mês da operação militar, por meio de um ataque decisivo à capital e às principais cidades ucranianas, o que provavelmente teria levado à rendição rápida. Estima-se que Moscou tenha utilizado apenas cerca de 5% de seu poder militar na Ucrânia.
Essa é a verdadeira diferença entre as civilizações. Para alguns, a vida humana é um mero detalhe; para outros, é fundamental distinguir os alvos para evitar injustiças, dor e sofrimento.
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