Se vencerem as eleições, partidos de direita querem convocar plebiscito para revisar poderes do STF, alterar a Constituição e mudar setores da política.
247 – Os líderes da direita brasileira estão se articulando para implementar mudanças profundas na estrutura política do país, caso conquistem a vitória nas eleições de 2026. A principal proposta em discussão entre essas lideranças é convocar uma nova assembleia constituinte com o objetivo de revisar a Constituição, especialmente no que diz respeito às funções e competências do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a coluna da jornaçista Amanda Klein, do UOL, Em vez de trabalhar para o impeachment de ministros, como a proposta de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, a estratégia é convocar um plebiscito popular. Esse plebiscito visa consultar a população sobre a necessidade de mudanças na Constituição, abrindo caminho para a reconfiguração dos Poderes da República. A informação foi divulgada originalmente pelo portal UOL.
Líderes de direita querem mudanças nas atribuições do STF
De acordo com líderes próximos à proposta, uma vitória eleitoral em 2026 abriria a possibilidade de redefinir o papel do STF na política brasileira. “Não tenho na cabeça afastar Moraes. Se ganharmos a eleição, o caminho é propor uma nova constituinte”, afirmou um dos interlocutores do movimento, em entrevista ao UOL.
Foco é reduzir o poder do Judiciário
A insatisfação com o STF é alimentada, principalmente, pela percepção de que o Judiciário tem aumentado sua influência sobre as decisões políticas do país. “Nunca aconteceu isso antes. O Judiciário tomou conta do país e tem força, porque o governo está com eles. Querem prender o Bolsonaro de qualquer jeito”, declarou uma liderança de partido, destacando a relação entre o STF e o governo atual.
Possíveis mudanças no STF e no sistema político
Entre as propostas da direita, está a alteração dos mandatos dos ministros do STF e uma definição mais clara das funções do Judiciário. A crítica central é em relação ao que se considera um avanço do STF sobre as prerrogativas do Legislativo, com destaque para decisões relacionadas ao Marco Civil da Internet. A proposta é estabelecer uma Constituição que seja mais equilibrada, sem que um dos poderes se sobreponha ao outro.
A última constituição foi promulgada em 1988
A última vez que uma assembleia constituinte foi convocada no Brasil foi em 1988, logo após o fim da ditadura militar. Desde então, a Constituição tem servido como base para a organização política do país, embora tenha passado por algumas reformas.
Foto: ABr
FONTE: https://www.brasil247.com/brasil/direita-quer-nova-constituinte-para-limitar-o-stf-caso-venca-eleicoes-de-2026-20o0vlav