O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, voltou a defender o fim da guerra e, após um encontro com o presidente da Ucrânia na França ele declarou que a paz é do interesse de Kiev.
“Zelensky e a Ucrânia gostariam de fazer um acordo e acabar com a loucura. Eles perderam ridiculamente 400 mil soldados e muito mais civis. Deveria haver um cessar-fogo imediato e as negociações deveriam começar”, afirmou o líder republicano, reafirmando o compromisso anunciado durante a campanha eleitoral, quando prometeu acabar com a guerra em 24 horas.
“Muitas vidas foram perdidas em vão, muitas famílias foram destruídas, e se isso continuar, poderá se transformar em algo maior e muito pior”, afirmou o futuro chefe da Casa Branca.
O discurso pacifista e a preocupação com as “vidas perdidas” marca certamente uma diferença substancial com o discurso e a prática dos democratas Joe Biden e sua vice Kamala Harris, que financiaram e armaram o governo neonazista instalado em Kiev apostando que poderiam dobrar a vontade de Moscou.
Trump tem razão quando diz que se o conflito continuar poderá evoluir para algo maior e muito pior, inclusive uma guerra direta (e não mais por procuração) entre EUA/OTAN e a Rússia, desencadeando a Terceira Guerra Mundial.
O confronto militar foi iniciado em fevereiro de 2022 e tem por saldo centenas de russos e ucranianos mortos ou feridos. O fim do conflito pode ser um golpe nos propósitos e na estratégia esboçada pela OTAN ao longo dos últimos anos, quando a organização militar do Ocidente imperialista promoveu sua expansão para o leste.
O republicano, que não esconde seu desprezo pela aliança belicista do Atlântico voltou a acenar com a possibilidade de retirar os EUA da OTAN, se os europeus não aumentarem a contribuição para financiá-la.
FOTO: Caio Guatelli/Fotos Públicas
FONTE: https://www.brasil247.com/blog/donald-trump-quer-o-fim-da-guerra-entre-russia-e-ucrania