Ministra afirma na Febraban que eficiência pública, políticas bem conduzidas e instituições fortalecidas sustentam o cenário econômico positivo.
247 – A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou que o avanço econômico do país em 2025 resulta diretamente da atuação do Estado e de políticas públicas coordenadas. As declarações foram feitas durante o Almoço Anual de Dirigentes de Bancos da Febraban, realizado nesta segunda-feira (24) em São Paulo, evento que reuniu cerca de 400 autoridades, CEOs e dirigentes do sistema financeiro. As informações são da Agência Gov.
No encontro, que também contou com a presença do ministro interino da Fazenda, Dario Durigan, do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e das ministras Simone Tebet e Esther Dweck, o governo apresentou o balanço econômico de 2025 e suas projeções para 2026. Segundo os representantes da equipe econômica, o Brasil combina hoje crescimento robusto, inflação baixa, queda do desemprego e redução das desigualdades, resultado de medidas planejadas e de uma gestão estatal mais eficiente.
Estado forte como motor do crescimento
Dweck foi direta ao afirmar que o momento econômico favorável não se deve ao acaso. “Esse cenário não é fruto do acaso, mas das medidas adotadas”, declarou.
Para a ministra, o país vive uma combinação rara na história recente, com expansão do PIB, inflação controlada e geração de empregos. Ela destacou que tais resultados são consequência da reconstrução da capacidade estatal e da retomada de políticas públicas efetivas no mandato do presidente Lula.
Segundo Dweck, um Estado forte, inovador e bem estruturado é decisivo para garantir segurança jurídica, previsibilidade regulatória, qualidade do ambiente de negócios e implementação de políticas que geram resultados concretos. “Quando o Estado não age, todos são afetados”, afirmou, ao criticar o sucateamento das agências reguladoras em governos anteriores.
Modernização e digitalização como pilares
A ministra ressaltou que o MGI atua simultaneamente em três frentes — pessoas, organizações e digital —, e destacou que a agenda digital tem impulsionado eficiência, reduzido custos e ampliado a segurança tanto para o setor público quanto para o privado.
Entre as entregas citadas, Dweck apresentou os avanços da Carteira de Identidade Nacional (CIN), que já superou 39 milhões de emissões e inaugura a primeira identidade civil única do país. Com biometria avançada, CPF como número exclusivo e integração ao Gov.br, a CIN é considerada dez vezes mais segura que o antigo RG. A expectativa é atingir 4,5 milhões de emissões mensais em 2026, rumo à meta de 100 milhões de identidades.
Ela também destacou o calendário de adoção do cadastro biométrico obrigatório, que passa a valer imediatamente para novos benefícios previdenciários e assistenciais e deve, até 2028, tornar a biometria da CIN a única via de acesso a benefícios sociais.
Outro destaque foi o Acordo de Cooperação Técnica com a Febraban, que permitirá aos bancos consultar — mediante consentimento — dados biográficos e biométricos via API da infraestrutura pública digital, reduzindo fraudes e custos operacionais.
Infraestrutura Nacional de Dados e inovação pública
Dweck apresentou ainda os resultados da Infraestrutura Nacional de Dados, operacionalizada pelo Conecta.gov, que já gerou R$ 7,1 bilhões de economia desde 2023 e integra 977 serviços públicos por meio de mais de 1.700 conexões entre bases de dados.
Entre as novas ferramentas, ela citou o aplicativo Meu Imóvel Rural, que reúne informações fundiárias e ambientais e promete agilizar o crédito rural e reduzir assimetrias de informação. Também mencionou o lançamento do CAR como Bem Público Digital durante a COP30, iniciativa que fortalece a governança ambiental.
Para a ministra, fortalecer as capacidades estatais é condição essencial para um ambiente institucional mais previsível e produtivo. “Fortalecer as capacidades do Estado brasileiro é construir um Estado mais inteligente, mais digital, mais conectado, que ofereça segurança, previsibilidade e eficiência”, afirmou.
Economia com prosperidade e responsabilidade
Durante o encontro, o ministro interino Dario Durigan afirmou que o país vive um novo ciclo de prosperidade, apoiado em geração de empregos, aumento da renda, responsabilidade fiscal, justiça social e sustentabilidade.
“A política econômica desse terceiro mandato do Presidente Lula deu um tom de prosperidade que há muito sentimos falta no país”, disse.
Ele destacou reformas estruturantes implementadas desde 2023 e apontou a transformação ecológica e a transformação digital como bases para o novo modelo de desenvolvimento.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, lembrou que o Brasil encerra 2025 melhor que o previsto, com crescimento acima de 3% e desemprego no menor nível da série histórica.
“Gastar muito é ruim, mas gastar mal é pior ainda”, afirmou, defendendo investimentos estratégicos em inovação, ciência e educação.
Já o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, ressaltou a parceria estrutural entre o sistema financeiro e a Previdência, responsável pela operação mensal de 41 milhões de benefícios. “A indústria bancária sempre esteve na vanguarda da inovação”, afirmou.
Articulação institucional e visão de futuro
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou a importância da articulação entre Fazenda, Planejamento e MGI, especialmente em temas estruturais como gestão de pessoas, racionalização de recursos e modernização administrativa — fatores que influenciam diretamente a eficiência estatal e o desempenho econômico.
A Febraban também enfatizou o impacto transformador de ferramentas como PIX, Open Finance e práticas ESG, reforçando o compromisso com inovação e segurança.
Realizado em São Paulo, o evento consolidou-se novamente como um espaço estratégico de diálogo entre governo e setor bancário, alinhando expectativas e fortalecendo a construção de um ambiente econômico moderno e sustentável.
Foto: Jonathan Braga / MGI
FONTE: https://www.brasil247.com/economia/esther-dweck-da-licao-a-banqueiros-acao-do-estado-explica-o-crescimento