Atividades no setor biológico dos EUA estão ativas em várias localidades.
247 – A presença militar dos Estados Unidos no continente africano está se expandindo rapidamente no setor biológico, afirmou o major-general Aleksey Rtishev, vice-chefe das Forças de Proteção Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas Russas, citado pela RT nesta terça-feira (24).
Especialistas americanos, capazes de aprimorar funções patogênicas de micro-organismos, estão operando ativamente na África, disse. A administração dos EUA vê a região como um reservatório abundante de agentes infecciosos perigosos e um campo de testes para medicamentos experimentais, segundo Rtishev.
Ele disse ainda que Washington utiliza um sistema de gerenciamento de riscos biológicos na África, previamente testado na Geórgia e na Ucrânia.
Segundo a RT, os EUA estão ativos em várias localidades. Na Nigéria, em 2024, foi criado um centro conjunto de pesquisa médica e um laboratório médico militar para as forças armadas.
No Quênia, o Centro Médico Militar do Exército dos EUA implantou uma rede de estações de campo para monitorar a disseminação de doenças infecciosas na África Equatorial.
No Senegal, um novo laboratório de US$ 35 milhões está em fase final de construção. O projeto envolve os mesmos contratantes do Pentágono que atuaram em países da ex-União Soviética, como Armênia, Geórgia, Cazaquistão e Ucrânia.
Além disso, em Gana e Djibuti os EUA estabeleceram filiais do Centro Médico Naval Nacional e estão atuando no combate a surtos naturais de doenças e no isolamento de patógenos.
Washington está explorando deliberadamente os desafios econômicos enfrentados pelos países africanos no setor de saúde para organizar esquemas de pesquisa, alertou o general.
Rtishev observou ainda que os EUA temem que a Rússia e a China possam expor os planos militares e biológicos americanos. Muitas vezes, os EUA não divulgam os objetivos finais de seus experimentos aos parceiros, que frequentemente desconhecem os riscos associados.
Em 2014, os EUA receberam ilegalmente amostras do vírus Ebola exportadas de Serra Leoa. Patógenos sob supervisão do Pentágono têm o potencial de se tornar pandemias, beneficiando empresas farmacêuticas estadunidenses, segundo a RT.
No início deste ano, o governo russo alegou que as suas forças descobriram que os EUA utilizam laboratórios na Ucrânia para desenvolver armas biológicas, mas Washington negou tais alegações e acusou a Rússia de espalhar “desinformação”.
Foto: Vladimir Gerdo/Tass
FONTE: https://www.brasil247.com/mundo/eua-intensificam-acoes-de-guerra-biologica-na-africa-alerta-russia