Lula atinge objetivos econômicos cruciais para 2026

247 – Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) veem avanços significativos nos indicadores econômicos que podem ser decisivos para a campanha de 2026. De acordo com o Valor Econômico, o governo comemora a manutenção do dólar abaixo de R$ 5,40 e a queda da taxa de desemprego para um dos menores patamares da história recente.

Segundo o IBGE, no trimestre encerrado em julho, o desemprego recuou para 5,6%, enquanto o rendimento médio real da população aumentou, impulsionando o consumo e a percepção de bem-estar. Já o Caged, do Ministério do Trabalho, mostra que todas as regiões e setores da economia apresentam saldo positivo de empregos formais, reforçando a confiança no mercado de trabalho.

No cenário externo, o enfraquecimento do dólar em meio às expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve contribuiu para a valorização do real. Dentro do governo, entretanto, cresce a insatisfação com a condução da política monetária pelo Copom, que mantém a Selic em 15% ao ano. Apesar das críticas, há consenso de que os juros elevados ainda ajudam a sustentar a moeda brasileira, reduzindo pressões inflacionárias.

Oficialmente, a posição do Planalto é a de que o Brasil adota câmbio flutuante, sem meta definida. Questionado no evento Valor 1000, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, evitou fixar parâmetros, mas destacou os ganhos recentes:

“É uma ‘escolha de Sofia’, mas o fato é o seguinte: boa notícia. A inflação em queda, o preço de comida em queda, o dólar, que chegou a R$ 6,20, fechou em R$ 5,32”, afirmou em referência ao cenário turbulento do fim de 2024.

Na avaliação de integrantes da equipe econômica, manter o câmbio em patamar controlado é estratégico para consolidar a sensação de estabilidade e confiança. Na última terça-feira (23), o dólar à vista encerrou cotado a R$ 5,2791, o menor valor desde junho, reforçando o otimismo no Planalto.

Ainda que persistam incertezas e desafios, como as negociações em curso entre o Brasil e os Estados Unidos sob a administração do presidente Donald Trump, a percepção no governo é de que os principais objetivos econômicos do momento foram alcançados, estabelecendo uma base sólida para 2026, ano eleitoral.