Presidente reforça interesse em cooperação energética durante encontro com Putin em Moscou
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta sexta-feira, o interesse do Brasil em estabelecer uma parceria com a Rússia para a construção de pequenas usinas nucleares (SMRs, na sigla em inglês). A declaração foi feita durante uma reunião bilateral com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, onde Lula participa das comemorações do 80º aniversário do Dia da Vitória, que marca o fim da Segunda Guerra Mundial.
“Temos muito interesse em discutir a área energética, especialmente na construção de pequenas usinas nucleares em cooperação com a Rússia”, afirmou Lula, em trecho transmitido ao vivo.
Cooperação estratégica em energia nuclear
O tema não é novo: em 2023, durante a visita do chanceler russo Sergei Lavrov ao Brasil, já havia sido discutida uma possível colaboração entre os dois países no setor nuclear. O Ministério de Minas e Energia do Brasil estuda a implantação de reatores modulares (SMRs) para diversificar a matriz energética e aproveitar as vastas reservas de urânio do país.
Atualmente, Brasil e Rússia mantêm um acordo para o fornecimento de urânio enriquecido à usina de Angra dos Reis, operado pela estatal russa Rosatom. A nova proposta ampliaria essa parceria, com transferência de tecnologia e desenvolvimento conjunto de projetos.
Agenda internacional de Lula
Além do encontro com Putin, Lula se reunirá com o presidente da Eslováquia, Robert Fico, antes de seguir para Pequim. Na China, o presidente participará do Fórum Celac-China e fará uma visita oficial, reforçando laços comerciais e diplomáticos com o maior parceiro econômico do Brasil.
Por que pequenas usinas nucleares?
As SMRs são uma aposta global para energia limpa e estável, com menor custo e risco em comparação a usinas tradicionais. Elas poderiam ser usadas em regiões remotas ou industriais, complementando fontes renováveis como eólica e solar. Para o Brasil, essa tecnologia pode impulsionar a indústria nuclear nacional e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
A aproximação com a Rússia, no entanto, pode gerar debates geopolíticos, dada a pressão ocidental sobre Moscou devido à guerra na Ucrânia. O governo Lula, porém, mantém uma postura de neutralidade e busca por parcerias estratégicas diversificadas.
Próximos passos:
– Avanço nas negociações Brasil-Rússia para projetos nucleares.
– Discussões na China sobre investimentos em infraestrutura e comércio.
– Possível anúncio de novos acordos em energia e tecnologia.
Com informações de agências internacionais e governo brasileiro.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
FONTE: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas
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