Associação Brasileira dos Jornalistas

Seja um associado da ABJ. Há 12 anos lutando pelos jornalistas

“Lula critica distribuidoras e promete ‘gás de graça’ para 22 milhões de famílias: ‘Preço abusivo não é justo'”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar, nesta quinta-feira (13), o papel das distribuidoras no encarecimento do preço do botijão de gás no Brasil. Durante cerimônia no Amapá, Lula afirmou que o gás de cozinha sai da Petrobras a R$ 36, mas chega ao consumidor final a R$ 130 após passar pelas distribuidoras. Para ele, essa diferença de preço é injusta e penaliza as famílias mais pobres.

“Estamos discutindo um projeto, já está quase pronto, para entregarmos gás de graça para 22 milhões de famílias neste país. O gás sai da Petrobras por R$ 36 reais e esse mesmo gás sai da distribuidora a R$ 130; isso não é justo”, declarou o presidente, reforçando o compromisso de enviar ao Congresso Nacional uma proposta que garanta o acesso ao gás de cozinha para milhões de brasileiros de baixa renda.

A promessa de “gás de graça” faz parte de uma série de medidas sociais que o governo federal tem discutido para aliviar o impacto do custo de vida nas famílias mais vulneráveis. Lula não detalhou como o programa será financiado ou operacionalizado, mas destacou que a iniciativa visa combater a desigualdade e garantir que itens essenciais, como o gás de cozinha, sejam acessíveis a todos.

O preço do botijão de gás tem sido um tema recorrente no discurso do presidente, que atribui parte da inflação no setor à atuação das distribuidoras. Segundo ele, o valor cobrado pela Petrobras é justo, mas o repasse ao consumidor final é distorcido pelas empresas que atuam na cadeia de distribuição.

Reações e desafios

A proposta de Lula deve gerar debates no Congresso, especialmente em relação aos custos e à viabilidade do programa. Especialistas alertam que, embora a iniciativa seja socialmente relevante, é necessário avaliar como o governo pretende arcar com os gastos e se haverá impactos nos cofres públicos.

Enquanto isso, as distribuidoras defendem que os preços praticados refletem custos logísticos, impostos e margens de lucro necessárias para manter a operação. O setor argumenta que a cadeia de distribuição envolve diversos gastos, como transporte, armazenamento e segurança, que justificariam o aumento do preço final.

A discussão sobre o preço do gás de cozinha ganha ainda mais relevância em um contexto de inflação e recuperação econômica pós-pandemia. Para milhões de famílias brasileiras, o botijão de gás é um item essencial no dia a dia, e o aumento do seu preço impacta diretamente o orçamento doméstico.

Agora, a expectativa é que o governo apresente, em breve, o projeto ao Congresso, abrindo caminho para um debate que pode definir o futuro do acesso ao gás de cozinha no país. Enquanto isso, a promessa de “gás de graça” continua no centro das atenções, gerando esperança para milhões de famílias e questionamentos sobre a viabilidade da proposta.

FOTO: Freepik

FONTE: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas

( Reprodução autorizada mediante citação da fonte: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas )