Os adversários radicais do presidente Lula querem jogar em cima do governo dele a culpa pela disseminação dos milhares de fogos de incêndio.
São amplas as denúncias – nacionais e internacionais – de que está havendo crime ambiental no Brasil por parte da ultra direita fascista cujo objetivo é desgastar o presidente Lula para derrotá-lo em 2026.
O assunto ganhou dimensão global e deverá ser alvo das discussões na Assembleia Geral da ONU, onde o Brasil, tradicionalmente, é o primeiro a discursar perante a comunidade internacional.
Será ou não a hora de politizar a questão que envolve a sobrevivência da humanidade?
O preço de dispor de uma Amazônia e sua biodiversidade infinita em chamas não deixa o Brasil ficar calado diante do fórum mais importante para expor a luta de classe que se desenrola no Brasil em prejuízo da maioria em benefício de uma minoria que usa agora o fogo para alcançar o poder a qualquer custo.
Nunca é demais lembrar que o líder político bolsonarista, pastor Malafaia, anunciou aos quatro ventos, em sete de setembro, que tocaria fogo no país.
O que isso significa, senão luta pelo poder político no Brasil?
Para todos os efeitos, os adversários radicais do presidente Lula querem jogar em cima do governo dele a culpa pela disseminação dos milhares de fogos de incêndio, nessa altura do campeonato, incontrolável.
Direita e ultradireita fascista em ação
Porém, o Congresso Nacional, dominado pela direita e ultradireita, está de braços cruzados, impedindo tomada de decisões fundamentais que reduziriam o problema de forma estrutural.
O Legislativo, de maioria conservadora e fascista, impõe ao governo programa ultraneoliberal que impede gastos sociais que dinamizam a economia, para impor uma política monetária restritiva, cujos beneficiários são, fundamentalmente, os rentistas, completamente, alheios à destruição em marcha.
Em aliança com direita e esquerda, os especuladores inviabilizam decisões voltadas ao interesse das comunidades mais pobres, impedindo consecução de políticas ambientais, urbanas, de mobilização social, etc, em nome do ajuste fiscal, que impedem soluções racionais, capazes de conscientizar a população para a urgência indispensável ao ataque à destruição ambiental.
Sequer, o governo está em condições de votar e aprovar projetos para o ataque direto à destruição do meio ambiente por falta de condições operacionais, nesse sentido.
Internacionalizar a luta ideológica
Cercado de adversários que, no Congresso, impõem o ajuste neoliberal antinacionalista, antidesenvolvimentista, antieducacional, terá ou não chegada a hora de o presidente Lula internacionalizar, na ONU, o terrorismo ambiental que vigora no Brasil nesse instante, em luta ideológica aberta, para arregimentar apoio internacional?
Caso não aja nesse rumo, de forma urgente, a direita e a ultradireita, com seus aliados internacionais fascistas, dispostos a defenestrar o PT e aliados do poder, o culpado, no final das contas, será o próprio presidente Lula, minoritário, no Legislativo, diante de aliança de uma maioria antinacional em conluio com o mercado financeiro, na tarefa de impor política macroeconômica, principal responsável pela destruição do meio ambiente.
As forças progressistas no poder estão paralisadas pelo tamanho descomunal da crise ambiental e no seu interior prosperam opiniões conflitantes que concluem não haver jeito de enfrentar objetivamente a situação.
Somente nos últimos dias se chegou à certeza da criação de organismo centralizado para enfrentar a catástrofe, mas, até agora, por falta de política de comunicação eficiente, não há convocação nacional, pelo titular do poder, de uma corrente de ação que mobilize a nação para agir operativamente no sentido da conscientização política.
Derrota eleitoral à vista
O capitalismo financeiro especulativo, que domina amplamente a economia, no sentido de inviabilizá-la, na medida em que os especuladores agem em consonância com maioria conservadora fascista no Congresso, barra as ações políticas progressistas e deixa a esquerda liberal em estado catatônico, salvo no sentido de reclamar-se e estarrecer-se, chorando as próprias mágoas.
O resultado eleitoral das disputas municipais pode ser amplamente favorável à direita criminosa que incendeia o meio ambiente e joga a culpa no presidente, com ajuda da mídia conservadora antinacionalista, pró-entrega do patrimônio nacional ao capital estrangeiro.
Como possível vitória oposicionista na maioria dos municípios representa fator demonstrativo essencial para formação de forças voltadas à disputa da eleição presidencial em 2026, a derrota governamental previsível, diante do desastre ambiental, prepararia ou não terreno para a volta dos golpistas que ainda não foram punidos por conta da existência de um judiciário dominado pelos interesses do capital financeiro fascista?
Não há o que esperar para internacionalizar a luta política ideológica em torno do meio ambiente atacado no Brasil pelas forças reacionárias e golpistas.
A oportunidade se faz agora, quando o presidente Lula fará o discurso de abertura na ONU.
Se deixar passar essa oportunidade para revelar as reais causas do desmatamento criminoso em marcha, visando destruí-lo politicamente, aí, mesmo, é que o mundo poderá cair em cima do governo por não denunciar os verdadeiros criminosos dessa catástrofe.
Indubitavelmente, a destruição em marcha tem um nome: o fascismo, que não se conforma em ter perdido o poder nas urnas em 2022 e pretende recuperá-lo lançando mão de todas os crimes, como o do terrorismo ambiental.
Foto: Ricardo Stuckert/PR
FONTE: https://www.brasil247.com/blog/lula-na-onu-denunciar-terrorismo-ambiental-fascista