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Maduro afirma que ataques dos EUA reacenderam a alma patriótica venezuelana

Presidente liderou o ato central pelo Bicentenário da entrega da Espada do Peru ao Libertador Simón Bolívar.

247 – O presidente da Venezuela destacou a independência e a unidade dos povos da América do Sul em um ato pelo Bicentenário da entrega da Espada do Peru a Simón Bolívar. A reportagem é da HispanTV.

Nicolás Maduro Moros liderou na terça-feira (25) o ato central pelo Bicentenário da entrega da Espada do Peru ao Libertador Simón Bolívar, em uma cerimônia que reafirmou a história dos povos sul-americanos e sua luta pela independência.

“Hoje, em seu Bicentenário, sua liberdade e sua paz estão mais vivas do que nunca. Recebo-a 200 anos depois, com sua energia e sua força libertadora, emancipadora dos povos. Essa é a espada da vitória de toda a América do Sul”, disse Maduro.

O evento ocorreu no Pátio de Honra da Academia Militar da Venezuela, após uma marcha patriótica que partiu da Zona Rental, reunindo o Estado-Maior, integrantes dos diversos componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e o povo venezuelano.

Há 200 anos, Simón Bolívar recebeu a Espada do Peru em reconhecimento por suas vitórias nas batalhas de Junín e Ayacucho, decisivas para derrotar o imperialismo espanhol. Maduro destacou que “foi a Revolução Bolivariana que devolveu a este sabre seu brilho e seu poder”, transformando-o em símbolo do caminho rumo às “vitórias por vir”.

“Somos filhos dos libertadores do sol e somos o povo libertador dos povos do sol da América do Sul, os guerreiros do sol”, afirmou Maduro. “Vencedores de todas as épocas e de todas as batalhas, carregamos sua espada”, acrescentou.

O ato reafirmou o compromisso do povo e da FANB com o legado do comandante Hugo Chávez, bem como com a defesa da soberania nacional frente às “novas ameaças imperiais da extrema direita internacional”.

O presidente enfatizou que “hoje ressurge a alma patriótica de uma corrente contra-hegemônica” que impulsiona a unidade nacional.

Ele também afirmou que Bolívar ressuscitou “encarnado por nosso comandante Hugo Rafael Chávez Frías, por agora e para sempre em nossas lutas”, e ressaltou: “estamos obrigados a crescer nesta conjuntura, a ser gigantes como forças policiais, como povo, como pátria, a nos autoexigir e nos exigir”.

Durante sua fala, Maduro pediu aos presentes que defendessem a soberania nacional: “Temos que ser capazes de defender cada palmo desta terra bendita de qualquer ameaça ou agressão imperialista, venha de onde vier”.

O mandatário reforçou: “não há desculpa para ninguém, é proibido falhar; a pátria reclama, a pátria terá nossa vida, se necessário”.

Por fim, acompanhado por autoridades nacionais e milhares de pessoas, o chefe de Estado convocou a um juramento: “para levar o legado e a memória de Bolívar à sua máxima expressão e defender o país diante de qualquer ameaça. Juro, pela memória histórica de nossos antepassados, que a vitória será nossa”.

Juramentação nacional pela paz – O presidente da Venezuela também conduziu a juramentação pela paz, pela unidade e pela lealdade patriótica, ato destinado a reafirmar o compromisso do povo venezuelano com a defesa da pátria e da independência, evocando o legado de Simón Bolívar e do comandante Hugo Chávez.

“Em nome de Deus todo-poderoso, juro solenemente levar o legado de Bolívar à sua máxima expressão, com a força dos libertadores e a união perfeita”, declarou Maduro. Segundo ele, essas palavras reafirmam sua disposição de manter firme a defesa da nação frente a qualquer interferência externa.

Milhares de venezuelanos foram às ruas de Caracas e de outras cidades do país na terça-feira, na chamada Grande Marcha Militar-Policial-Popular, para homenagear a bandeira nacional e a espada do Libertador Simón Bolívar — símbolos de identidade, independência e resistência histórica frente às ameaças externas, especialmente dos Estados Unidos.

A mobilização também teve o objetivo de reafirmar a identidade nacional e rejeitar interferências estrangeiras, em especial as provenientes de Washington.

Desde agosto, Washington tem deslocado navios de guerra, um submarino nuclear e mais de 10 mil militares para o Caribe sob o pretexto de combater o narcotráfico.

O governo venezuelano, por sua vez, tem negado qualquer vínculo com cartéis, acusando os Estados Unidos de promoverem uma mudança de regime no país com o objetivo final de “apoderar-se do petróleo, do gás, do ouro e de todos os recursos naturais” da nação bolivariana.

Foto: Palácio de Miraflores

FONTE: https://www.brasil247.com/americalatina/maduro-afirma-que-ataques-dos-eua-reacenderam-a-alma-patriotica-venezuelana