Recentemente, a presença de submarinos e navios russos no Caribe aumentou significativamente em relação aos Estados Unidos, no contexto de uma crescente atividade militar de Washington próxima à Venezuela. A entrega faz parte de uma resposta russa à intensificação da presença naval americana – com diversos caçadores, porta-aviões e submarinos nucleares enviados pelo Pentágono para a região sob o pretexto de combate ao narcotráfico, mas que Caracas e Moscou veem como pressão geopolítica direta.
Atividades Russas e Americanas no Caribe
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A Rússia já realizou, em junho de 2024, exercícios navais no Caribe (Cuba) com navios de guerra, incluindo o submarino nuclear Kazan, praticando simulações de ataques a alvos navais de “força inimiga”. Essas operações evidenciam a capacidade russa de projetar poder no Atlântico Ocidental.
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O envio de navios e submarinos americanos ao sul do Caribe, perto da Venezuela, foi reforçado entre agosto e setembro de 2025. Estão incluídos navios como USS San Antonio, USS Iwo Jima e USS Newport News, além de aeronaves de vigilância como o P-8. As forças americanas já confirmaram, inclusive, que houve acompanhamento próximo por ativos russos — ou que especialistas interpretaram como operações típicas de rastreio submarino e contra-vigilância.
Rastreio e Contramedidas
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Embora haja poucas confirmações públicas previstas sobre “rastreio direto”, é praxe militar em contexto de tensão elevada que submarinos adversários procuram sombras dos principais navios do outro lado, monitorando, coletando dados e, caso necessário, posicionando-se para neutralização ou dissuasão rápida.
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Analistas de defesa e canais OSINT (Open Source Intelligence) relataram intensificação do acompanhamento mútuo entre forças navais russas e americanas na região, especialmente em atividade subaquática de rastreamento, típica da “guerra fria naval”.
Contexto Geopolítico
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A Rússia sinaliza, com a presença de seu submarino nuclear e frota próxima ao Caribe, que tem capacidade não apenas para apoiar aliados como Venezuela e Cuba, mas também para projetar ameaça próxima do território continental dos EUA em resposta à sua projeção militar na Ucrânia e leste europeu.
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Para o Pentágono, apesar de avaliar publicamente que tais movimentos “não representam ameaça direta”, trata-se claramente de alerta de Moscou sobre as linhas vermelhas geoestratégicas e um aviso para redução da pressão militar americana na América Latina e Caribe.
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Especialistas ressaltam que o equilíbrio naval na região é mais terrível, com risco de incidentes, erros de cálculo e riscos da disputa global entre EUA e Rússia.
Os submarinos russos rastreando as operações americanas no Caribe compõem mais um capítulo da escalada de demonstração de força e dissuasão geopolítica no Atlântico, onde ambas as potências testam suas capacidades e recados estratégicos diante de um mundo cada vez mais multipolar e turbulento.
ASSISTA AQUI: https://www.youtube.com/watch?v=yucoz4qZbDw
FOTO: MARINHA RUSSA – Submarino russo K-329