Associação Brasileira dos Jornalistas

Seja um associado da ABJ. Há 16 anos lutando pelos jornalistas

O Brasil a caminho de sua “unidade nacional”

A desfaçatez foi tanta que as reações aos ataques e bravatas, vindos dos EUA, foram imediatas.

Para a felicidade geral da Nação, nosso país é soberano. Durante uma semana tensa, sobrevivemos aos ataques e bravatas duras que vieram de fora. As taxações de Trump e seu viés político mexeram com todo o mundo. O pior de tudo veio depois: gente daqui, com mandato, sem qualquer escrúpulo, através das redes sociais, insinuou que até bombas atômicas poderiam ser lançadas se o Brasil não se dobrasse às exigências do “senhor do mundo”.

A desfaçatez foi tanta que as reações foram imediatas. Em rede aberta de TV, às 11 horas da noite de domingo, uma longa carta em defesa do Poder Judiciário brasileiro se tornou pública. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, não deixou que a canalhice contaminasse o processo em curso que pode vir a condenar à prisão o ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Durante a semana passada, o ultraconservador Estadão já tinha se manifestado em editorial “Coisa de mafiosos”, ressaltando o mal que faz ao Brasil um irresponsável como Bolsonaro, com a ajuda de todos que lhe dão sustentação. Se alguém tinha dúvida, não tem mais. Sem apoio, o bolsonarismo se isolou.

Com isso, cresce a esperança de uma unidade nacional, como vimos com as DIRETAS, em 1984. Um início de julho ameaçador com as taxações, que ainda nos preocupam, mas, ao mesmo tempo, de uma importância única: expôs e desmascarou uma farsa que vinha corroendo o país por dentro. Quantas vezes se tentou mostrar quem era Jair e não se conseguia. Um péssimo militar, expulso do Exército, e o pior dos nossos políticos.

Se ainda houver qualquer dúvida, apurem: vocês vão se surpreender. Em quase três décadas no Congresso, sem ser um tribuno ou um legislador, Jair era um ser estranho, sem qualquer importância no cenário nacional. Sem empatia e com fama de violento, tentou por três vezes se eleger Presidente da Câmara: em 2005, 2011 e em 2017, quando obteve 4 votos. Pasmem: um ano depois, se elegeu presidente. Pensem nisso. Valorizem os seus votos!

Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil

FONTE: https://www.brasil247.com/blog/o-brasil-a-caminho-de-sua-unidade-nacional