Os combates já deixaram mais de 61 mil palestinos e cerca de 1.500 israelenses mortos. Agora se espalharam para o Líbano e o Iêmen.
247 – A organização não governamental internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou nesta segunda-feira um ataque direcionado de Israel na Cidade de Gaza que matou seis profissionais da imprensa, incluindo o repórter da Al Jazeera, Anas Al-Sharif.
Os combates, interrompidos por breves cessar-fogos, já deixaram mais de 61 mil palestinos e cerca de 1.500 israelenses mortos, se espalharam para o Líbano e o Iêmen e provocaram trocas de mísseis entre Israel e Irã.
Mais cedo, a emissora sediada no Catar informou que o ataque israelense, realizado no domingo contra uma tenda de jornalistas próxima a um hospital na Cidade de Gaza, matou cinco de seus funcionários e um jornalista freelancer palestino. As Forças de Defesa de Israel (FDI) admitiram o ataque contra Anas Al-Sharif, a quem acusaram de trabalhar para o movimento palestino Hamas.
“Condenamos veementemente o assassinato do repórter da Al Jazeera, Anas Al-Sharif, pelo exército israelense, em um ataque direcionado a uma tenda que o abrigava próximo ao Hospital Al-Shifa, em Gaza, o qual matou outros cinco profissionais da imprensa e feriu mais três”, afirmou a RSF nas redes sociais.
Em 7 de outubro de 2023, Israel sofreu um ataque sem precedentes com foguetes lançados da Faixa de Gaza. Na sequência, militantes do Hamas atravessaram as áreas de fronteira, abriram fogo contra militares e civis e fizeram mais de 200 reféns. De acordo com as autoridades, cerca de 1.200 pessoas foram mortas no lado israelense.
Em resposta, as FDI lançaram a Operação Espadas de Ferro, que incluiu bombardeios contra alvos civis e decretou o bloqueio total da Faixa de Gaza — suspendendo o fornecimento de água, eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos (com Sputnik).
FOTO: Jaber Jehad Badwan
FONTE: https://www.brasil247.com/mundo/rsf-condena-acao-israelense-que-matou-jornalistas-da-al-jazeera