Associação Brasileira dos Jornalistas

Seja um associado da ABJ. Há 12 anos lutando pelos jornalistas

Rússia e Ucrânia realizam uma das maiores trocas de prisioneiros da guerra, com mediação dos Emirados Árabes Unidos e envolvimento de Putin e Trump

Em um dos maiores acordos de troca de prisioneiros desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, os dois países realizaram uma negociação que resultou na libertação de 175 prisioneiros de guerra. O acordo foi facilitado pelos Emirados Árabes Unidos, que atuaram como mediadores em uma iniciativa de “natureza humanitária”, segundo o Ministério da Defesa da Rússia. A troca ocorreu após uma ligação telefônica entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que discutiu o assunto como parte dos esforços para aliviar as tensões no conflito.

Além dos 175 prisioneiros, a Rússia devolveu à Ucrânia outros 22 soldados ucranianos gravemente feridos, que necessitavam de cuidados médicos urgentes. O Ministério da Defesa russo descreveu a libertação desses 22 prisioneiros como um “gesto de boa vontade”, destacando que eles receberam tratamento médico antes de serem repatriados. Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que esses soldados eram “guerreiros gravemente feridos” e que alguns deles haviam sido perseguidos pela Rússia com base em “crimes fabricados”.

Zelenskiy, em uma declaração publicada no X (antigo Twitter), celebrou a troca como uma vitória humanitária e garantiu que todos os prisioneiros libertados receberiam assistência médica e psicológica imediata. Ele também enfatizou a importância de continuar os esforços para trazer de volta todos os ucranianos capturados durante o conflito.

Do lado russo, o Ministério da Defesa informou que os soldados russos libertados no acordo foram inicialmente levados para Belarus, onde receberam cuidados médicos e psicológicos antes de serem transportados para a Rússia para tratamento adicional. A Rússia destacou o papel dos Emirados Árabes Unidos como mediadores neutros, que ajudaram a garantir o sucesso da operação.

Essa troca de prisioneiros representa um raro momento de cooperação entre Rússia e Ucrânia em meio ao conflito em curso, que já dura anos e causou milhares de mortes e deslocamentos em massa. A mediação dos Emirados Árabes Unidos e o envolvimento indireto dos Estados Unidos, através da ligação entre Putin e Trump, destacam a complexidade das relações internacionais em torno do conflito e os esforços para encontrar soluções humanitárias, mesmo em meio a hostilidades.

Apesar do sucesso dessa troca, as tensões entre os dois países permanecem altas, e não há sinais de um acordo de paz abrangente no horizonte. No entanto, iniciativas como essa demonstram que, mesmo em tempos de guerra, é possível alcançar progressos em questões humanitárias, salvando vidas e oferecendo um vislumbre de esperança para as famílias dos prisioneiros.

FOTO: Wikimedia Commons

FONTE: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas

( Reprodução autorizada mediante citação da fonte: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas )