Este é o momento para o Brasil se olhar no espelho e enxergar sua real dimensão. Não somos pequenos. Não somos dependentes. Não somos colônia.
O tarifaço imposto pelos Estados Unidos não representa uma tragédia para o Brasil. Pelo contrário: é um alerta, um chamado à consciência nacional. O Brasil é muito maior do que qualquer tentativa externa de intimidação. Temos riquezas naturais, um povo empreendedor e vocação global. É hora de agir com patriotismo e coragem.
Essa medida protecionista não pode nos empurrar para uma espiral de pessimismo. A história do Brasil está repleta de episódios em que fomos tratados como uma “colôniazinha”, um país periférico, um “terceiro mundinho”. Mas nós não somos isso — e nunca fomos. O Brasil é gigante por natureza.
A resposta precisa vir com a firmeza de quem conhece sua própria força. O exemplo dos pequenos negócios é prova da resiliência do povo brasileiro. São os pequenos negócios, que se uniram em modelos coletivos, que transformaram realidades, inovaram e criaram paradigmas econômicos e sociais. São esses mesmos brasileiros que continuam a empreender, mesmo diante de adversidades.
Voltar à subserviência? À resignação? Baixar a cabeça? Jamais. Este é o momento de reafirmar: o Brasil é dos brasileiros. Somos patriotas, defendemos a nossa soberania e não aceitaremos imposições que afetem o nosso modelo de desenvolvimento.
Só no ano passado, uma padaria foi aberta a cada seis minutos no país. Em 2025, esse número passou a uma a cada quatro minutos. E onde surgem esses negócios? Nas periferias, nos bairros populares, onde pulsa a força real da economia brasileira. Esse é o Brasil que está dando certo — com esforço próprio, criatividade e coragem.
Nosso desafio agora é agregar valor ao que já temos de único e insubstituível: nossas riquezas. Os Estados Unidos não têm a Amazônia, não têm os seis biomas, não têm a abundância de recursos minerais estratégicos para a energia do futuro. Tampouco têm a criatividade brasileira, que nasce da diversidade cultural e da capacidade de improvisar, inovar e empreender.
Mesmo que haja impactos pontuais em algumas cadeias produtivas, é preciso ter clareza: os maiores prejuízos recairão sobre os próprios americanos. Os números já apontam perdas significativas para os Estados Unidos com esse tipo de retaliação. A economia globalizada não tolera esse tipo de ação por muito tempo.
O que essa medida deve provocar em nós é o exato oposto da resignação: motivação. Abertura de novos mercados, fortalecimento das cadeias produtivas locais e expansão da presença brasileira em territórios onde antes jamais estivemos. Esse é o caminho.
Este é o momento para o Brasil se olhar no espelho e enxergar sua real dimensão. Não somos pequenos. Não somos dependentes. Não somos colônia. Essa é a oportunidade de mostrar ao mundo — e, principalmente, a nós mesmos — que o Brasil é grande, potente, soberano. E que está pronto para ocupar o lugar que sempre lhe pertenceu. “O Brasil é dos brasileiros”.
FOTO: Ricardo Stuckert
FONTE: https://www.brasil247.com/blog/tarifaco-dos-eua-nao-e-tragedia-e-um-despertar-para-o-brasil