País vive colapso populacional após se prestar à guerra por procuração dos países imperialistas contra a Rússia.
247 – A Ucrânia atravessa um colapso populacional sem precedentes, revelado em reportagem da agência Reuters, que expõe o esvaziamento de cidades, a queda drástica dos nascimentos e a destruição de comunidades inteiras após anos de conflito. Segundo a reportagem, a política do presidente Volodymyr Zelensky — marcada por alinhamento automático com potências ocidentais e pela opção pela guerra total — lançou o país em uma crise demográfica profunda, cuja recuperação pode levar gerações.
O cenário descrito pela Reuters mostra hospitais sem bebês, vilarejos abandonados, escolas fechadas e famílias despedaçadas. Em Hoshcha, no oeste do país, a maternidade está quase desativada. “Muitos jovens morreram”, lamentou o ginecologista Yevhen Hekkel. “Jovens que, falando diretamente, deveriam repor o patrimônio genético da Ucrânia.” As mortes em massa no front, somadas à fuga de milhões para o exterior, provocaram um esvaziamento acelerado que ameaça o futuro do país.
A débâcle social que expõe o fracasso de Zelensky
A reportagem mostra que as escolhas do governo Zelensky custaram caro. A população, que era de 42 milhões antes da invasão russa em 2022, caiu para menos de 36 milhões — incluindo milhões que vivem em áreas hoje controladas por Moscou. Projeções do Instituto de Demografia da Academia Nacional de Ciências indicam que o país pode encolher para 25 milhões até 2051.
Para cada nascimento, ocorrem três mortes, segundo dados do CIA World Factbook citados pela Reuters — a pior relação do planeta. A esperança de vida dos homens despencou de 65,2 para 57,3 anos em apenas dois anos. Jovens são recrutados compulsoriamente, muitos sem volta. A diáspora cresce. O desespero se torna regra.
Em Hoshcha, o chefe do conselho local, Mykola Panchuk, relatou à Reuters o fechamento de escolas inteiras por falta de crianças. Uma instituição que abrigava mais de 200 alunos fechou as portas quando seu número caiu para apenas nove. “Dois anos atrás fomos obrigados a encerrar esta instituição”, disse.
O país que se desmancha
Nas aldeias próximas, como Sadove e Duliby, casas vazias se multiplicam. A guerra empurra moradores para longe dos campos, das pequenas escolas, dos serviços básicos. Em Duliby, onde restam menos de 200 moradores, nove homens foram mobilizados — entre eles o marido de Oksana Formanchuk, desaparecido desde julho. “E se levarem meus dois filhos também? O que eu faria sem eles?”, questiona.
A maternidade de Hoshcha perdeu financiamento estatal após não atingir a meta mínima de 170 nascimentos anuais. Chegou a 169 — “um bebê nasceu com 15 minutos de atraso”, lembrou Panchuk. Hoje, o setor só sobrevive com recursos escassos da prefeitura, enquanto mulheres grávidas convivem com o medo de perder seus maridos, mortos ou desaparecidos no front.
O futuro sequestrado pela guerra
A juventude ucraniana não vê horizonte. Anastasiia Yushchuk, de 21 anos, disse à Reuters que seus amigos não pensam em ter filhos diante da instabilidade permanente. “Não há estabilidade, nada sobre o que construir”, afirma. Moradia cara, renda insuficiente e incertezas generalizadas inviabilizam qualquer plano familiar.
A oficial municipal Anastasiia Tabekova, cujo marido está mobilizado, relatou: “Depois que descobri que estava grávida, poucos dias depois meu marido foi enviado ao front. Deixou o hospital com lágrimas nos olhos.”
A cena se repete por todo o país: cemitérios tomados por bandeiras, crianças embarcando sozinhas nos ônibus escolares, vilas inteiras se esvaziando enquanto o governo insiste em prolongar o conflito, obedecendo aos interesses estratégicos de países que jamais arcarão com o custo humano da guerra.
Uma nação exaurida pelo cálculo político de Zelensky
A guerra por procuração, travada para atender às ambições geopolíticas de potências ocidentais, deixou a Ucrânia mergulhada em luto, pobreza e despovoamento. Zelensky, que prometeu prosperidade e integração europeia, entregou ao país um futuro incerto, aliado a estatísticas catastróficas que dificilmente serão revertidas.
Especialistas citados pela Reuters alertam que a Ucrânia precisará de milhões de trabalhadores para tentar se reerguer — trabalhadores que, em grande parte, já morreram ou fugiram. O plano demográfico anunciado pelo governo prevê incentivos para repatriar cidadãos, mas admite que, se nada mudar, a população pode despencar para 29 milhões até 2040.
Enquanto isso, fotos de soldados mortos tomam as ruas de pequenas cidades. Crianças caminham para escolas vazias. As mulheres esperam por maridos que talvez nunca voltem. O país que Zelensky dizia defender está hoje mais vulnerável, menor e mais triste do que nunca.
FOTO: Wikimedia Commons
FONTE: https://www.brasil247.com/mundo/ucrania-vive-desastre-demografico-e-social-apos-guerra-irresponsavel-de-zelensky