A China acabou de vender quase US$ 50 bilhões em dívida americana, e o Federal Reserve (Fed) silenciosamente correu para compensar a queda. O que o Fed não conta: o império da dívida americana está se desintegrando a portas fechadas.
A China se desfez de quase US$ 49 bilhões em títulos do Tesouro americano.
Dias depois, o Fed comprou discretamente US$ 43,6 bilhões do mesmo lixo. Sem coletiva de imprensa, sem anúncio de flexibilização quantitativa. Apenas monetização furtiva.
Bem-vindos ao protocolo de emergência do império da dívida.
O que realmente aconteceu? A China puxou o gatilho.
O Fed levou a pior. E agora o balanço do Fed está inchando novamente, apesar de toda a fanfarronice sobre “aperto quantitativo”.
Vamos deixar claro: o Fed não fez isso por sutileza monetária. Fez isso porque não tinha escolha.
Com a China saindo e os rendimentos dos títulos ameaçando disparar, alguém tinha que limpar a bagunça. Esse alguém era Jerome Powell (foto).
O Tesouro dos USA não compra sua própria dívida. Essa é a função do Fed agora.
Ele funciona como um escudo protetor para a onda de gastos do Congresso, absorvendo o excesso quando os verdadeiros credores do mundo dizem “estamos fora”.
Então, quem pegou os títulos do Tesouro que a China despejou? Não é o Japão. Não são os fundos soberanos. Não é a poupança da aposentadoria da sua avó.
O comprador de última instância foi a mesma entidade que imprime dinheiro do nada e chama isso de “política monetária”.
Tudo travestido. Sem batom, sem peruca, apenas monetização crua nos bastidores. Não se trata mais de guiar as taxas de juros. Trata-se de tapar um buraco que a China acabou de abrir no casco do dólar americano.
E o buraco está crescendo. O déficit fiscal dos USA agora é estruturalmente infinanciável sem a intervenção do Fed. Traduzindo: o balanço do Fed é o facilitador do déficit.
A suposta independência do Fed? Uma piada. É o cofrinho da classe oligárquica neoliberal. Uma torneira de liquidez permanente para Wall Street, o Pentágono e corporações zumbis que não conseguem sobreviver sem dívidas infinitas.
A China sabe disso. É por isso que não foi apenas uma liquidação. Foi um movimento geopolítico.
Um sinal: “Não estamos mais financiando o seu império”. Eles estão apostando que outras nações seguirão o exemplo. E seguirão.
É assim que a desdolarização realmente começa. Não com declarações, mas com saídas deliberadas e silenciosas da dívida americana. E quando o Fed precisa comprar o que o mundo não quer, ele expõe a podridão.
O resultado? O balanço do Fed está se expandindo novamente, refletindo o vício do Tesouro. A linha entre política fiscal e monetária desapareceu. O que resta é uma fraude financeira correndo contra o tempo emprestado.
Isso não é apenas economia. É triagem de impérios. A China sacudiu a jarra. Os oligarcas apertaram o cerco. O Fed fez o papel de zelador. Mas não se engane, esta é uma nova fase no desmantelamento global da supremacia do dólar.
A máquina da dívida americana acaba de receber um desagradável alerta. E o mundo está começando a se perguntar: o que acontece quando o cofrinho quebrar?
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Artigo arrasador de William Huo, executivo-chefe da INTEL em Pequim. Texto de 27/maio/2025, publicado no X.
A INTEL é a segunda maior fabricante em valor de chips semicondutores do mundo com base na receita, sendo superada pela Samsung. É a inventora da série de microprocessadores x86, os processadores encontrados na maioria dos computadores pessoais (PC’s). A INTEL fornece processadores para fabricantes de sistemas de computadores, como Apple, Lenovo, HP e Dell.