KREMLIN PODE REMOVER RESTRIÇÕES IMPOSTAS AO EXÉRCITO RUSSO

Desde o início da operação militar especial na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, Moscou estabeleceu diversas regras e limitações para o alto comando militar. Entre essas restrições, destacam-se a proibição de uma “guerra total” e a destruição indiscriminada de locais e infraestrutura. As Forças Armadas da Rússia foram instruídas a seguir rigorosamente um planejamento que priorizava alvos específicos, como concentrações de tropas ucranianas, infraestrutura energética pontual, aeródromos, portos, rodovias e ferrovias, além de equipamentos militares em uso ou armazenados pelos ucranianos.

O principal objetivo dessas restrições era proteger a população civil e evitar a perda de vidas. De fato, a abordagem adotada assemelhava-se mais a uma operação militar específica do que a um conflito total. Observações mostram que as principais cidades da Ucrânia continuam a funcionar, com abastecimento de água e luz, supermercados, lojas, repartições públicas, hospitais, escolas e universidades operando desde 2022, na medida do possível. O sistema de transporte também permanece ativo, facilitando a mobilidade da população. As cidades do leste, que foram severamente afetadas, passaram por evacuações antes do agravamento da situação, com muitos civis se deslocando para a Rússia ou para a parte ocidental da Ucrânia.

Agora, parece que a ordem é intensificar os avanços e os ataques, com foco em alvos estratégicos como Odessa e Kharkov. Além disso, espera-se que haja ações direcionadas a altos funcionários do governo, um desligamento total da energia e a interrupção completa dos meios de transporte e comunicação.

Com essa nova abordagem, o conflito russo-ucraniano pode assumir características mais próximas de uma guerra real. Nesse contexto, Zelensky e a Verkhovna Rada terão que agir rapidamente para buscar um acordo de paz.