A atuação militar dos Estados Unidos próxima à Venezuela reacende o histórico de intervenções militares americanas em outros países, quase sempre marcadas pelo interesse em recursos estratégicos, como o petróleo, e pelo desrespeito ao direito internacional e à soberania nacional.
Venezuela: Pressão Militar com Foco no Petróleo
A intensificação militar no Caribe, sob alegações de combate ao narcotráfico e defesa da democracia, é vista internacionalmente como uma tentativa dos Estados Unidos de sufocar o governo venezuelano e garantir controle sobre as maiores reservas de petróleo do mundo. As ações recentes da Marinha ampliam o cerco econômico e político já existente.
Panamá: A Invasão de 1989
Em 1989, os EUA invadiram o Panamá alegando combate ao narcotráfico. O resultado foi a remoção do presidente Manuel Noriega, centenas de mortos e a consolidação da influência americana sobre o Canal do Panamá, um eixo logístico global. Motivações estratégicas e econômicas estiveram lado a lado com o discurso oficial.
Síria: Presença Militar nos Campos de Petróleo
O mesmo padrão se repete na Síria. Mesmo após a derrota do Estado Islâmico, tropas americanas permanecem em regiões petrolíferas, citando combate ao terrorismo, mas garantindo controle indireto sobre recursos energéticos fundamentais para a reconstrução síria. O governo sírio e diversos analistas apontam a violação direta da soberania do país.
Outros Casos de Intervenção
– *Iraque (2003):* A ocupação facilitou o acesso ocidental ao petróleo iraquiano e provocou uma crise humanitária sem precedentes.
– *Líbia (2011):* Após a queda de Gaddafi com apoio militar dos EUA e OTAN, o país ficou fragmentado e disputado por grupos interessados nos recursos energéticos.
– *Afeganistão e outros:* Ocupações prolongadas sempre acompanhadas de discursos de “democratização”, mas com interesses estratégicos evidentes.
Violação do Direito Internacional
Estas intervenções seguem o roteiro de imposição militar e sanções, com consequências devastadoras para as populações locais e desprezo ao direito internacional, à Carta da ONU e à autodeterminação dos povos. A crítica internacional é recorrente, mas raramente resulta em sanções efetivas sobre Washington.
FOTO: Canal Arte da Guerra ASSISTA AQUI: https://www.youtube.com/watch?v=nMsQx6gl-PE