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O GRANDE EMBATE SERÁ COM A CHINA

O presidente dos EUA, Donald Trump, enfrenta a necessidade inadiável de resolver rapidamente a questão da Ucrânia para se concentrar em sua guerra comercial — e existencial — com a China. O conflito na Ucrânia tem sido um obstáculo chato e “irritante” para seus planos. Como um astuto homem de negócios, Trump percebeu que Kiev e os países da União Europeia não conseguirão desviar o gigante russo de seus objetivos. Assim, ele assimilou a narrativa russa sobre as causas e consequências da guerra, considerando a possibilidade de um conflito ainda maior.

Por Daniel Spirin Reynaldo em seu FACEBOOK

Para Trump, a luta de Zelensky e seus aliados ocidentais parece uma batalha sem sentido, já perdida e consumada. Ele precisa encerrar esse capítulo logo, e o caminho mais fácil seria ceder às exigências lógicas de Moscou. Não há outra alternativa viável.
A verdadeira batalha que moldará a política, a geopolítica e a economia global será travada contra a China. É nesse embate que Trump terá que demonstrar sua capacidade de fazer a “América” grande novamente. As perspectivas para os EUA e seu governo são as piores em diversos aspectos. A crescente influência econômica e financeira de Pequim sinaliza uma diminuição do poder imperialista dos EUA, tanto econômico quanto político. O dólar, uma vez considerado inabalável, agora é visto como uma moeda substituível, e as sanções econômicas impostas à Rússia revelaram a vulnerabilidade do sistema financeiro internacional, que é interligado e “globalizado”. Essas sanções expuseram as fragilidades de Bruxelas e dos EUA, e, surpreendentemente, fortaleceram a economia russa.
Além disso, é fundamental reconhecer que esse embate pode também assumir uma dimensão militar. A rivalidade crescente entre os EUA e a China não se limita a questões comerciais; ela envolve disputas territoriais, especialmente no Mar do Sul da China e em Taiwan. A possibilidade de um confronto militar não pode ser descartada, uma vez que os EUA buscam destituir a soberania da China na região e proteger seus interesses estratégicos. Uma escalada nas tensões militares poderia transformar a guerra comercial em um conflito armado, com consequências devastadoras para a estabilidade global.
Neste cenário, é fundamental que os países periféricos reconheçam os riscos e oportunidades que surgem nesta intensa guerra comercial que virá. O Brasil, em particular, deve se posicionar com cautela diante de seus parceiros do Brics, pois terá pouca ou nenhuma margem para cometer erros. A habilidade em navegar por essas complexas dinâmicas será a chave para garantir a segurança e o desenvolvimento do país no futuro.

FONTE

https://www.facebook.com/daniel.omettalspirin