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Tarifaço de Trump, Bolsonaro e Suspeita de Operação da CIA: O Que Revelam Investigações e Relatórios

O Tarifaço e as Acusações de Influência Externa.

O anúncio do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em julho de 2025, reacendeu suspeitas de uma operação coordenada que ultrapassaria interesses meramente econômicos. Segundo reportagens fundamentadas em fontes da inteligência nacional, como revelou o jornalista Jamil Chade, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) veem sinais crescentes de uma estratégia de desestabilização do governo Lula, articulada por bolsonaristas no exterior com apoio de órgãos dos EUA, notadamente a CIA.

A análise dos órgãos de inteligência é que as ações de Trump — da retórica agressiva ao próprio tarifaço — seriam apenas a face pública de uma operação mais profunda, roteirizada e alimentada pelo serviço secreto americano, com execução através de personagens-chave da extrema direita brasileira e apoio logístico-financeiro à rede obtida por Eduardo Bolsonaro.

“Trata-se de um roteiro típico feito pela CIA, alimentando atores nacionais para especificar um interesse estratégico estrangeiro”, teria afirmado um agente da Abin destacado no exterior.

Eduardo Bolsonaro e a Estrutura no Exterior

Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, passou a residir nos Estados Unidos e atua como articulador informal da extrema direita internacional. Sua estadia é objeto de diversas investigações:

  • Movi Financeira Atípica: Dados do TCU, Coaf e Receita Federal confirmam apuração sobre o uso de R$ 17,2 milhões arrecadados via Pix, dos quais ao menos R$ 2 milhões, segundo o próprio Jair Bolsonaro em depoimento à PF, foram enviados ao filho para manutenção de sua agenda política nos EUA.

  • Articulação Política e Suspeita de Interferência: Eduardo é investigado por supostas tentativas de influência autoridades americanas na aplicação de avaliações a membros do STF e no suporte formal/importante ao tarifaço de Trump, na tentativa de pressão do governo Lula a modificação de decisões judiciais. Relatórios da PGR afirmam que o objetivo era interferir diretamente nos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados no STF, o que configura potencial abolição violenta do Estado Democrático e interferência de investigações criminais.

Relatórios e Dossiês da Abin e da Polícia Federal

As operações da Abin nos anos Bolsonaro, segundas investigações e documentos ora públicos, foram instrumentalizadas para:

  • Beneficiar diretamente os filhos e aliados do ex-presidente com monitoramento ilegal sobre adversários políticos, advogados e ministros do STF.

  • Produzir desinformação e material para fortalecer a narrativa de perseguição internacional contra Jair Bolsonaro, inclusive fornecido subsídios à retórica usada por Trump para justificar a tarifação.

Ligações Internacionais, CIA e Estratégias de “Lawfare”

Fontes de inteligência brasileira sustentam que fazem parte desse roteiro clássico da CIA redes alimentares locais que podem incluir a intervenção estratégica dos EUA. Nesse contexto, a transação financeira atípica, a atuação de Eduardo nos EUA e o engajamento de dirigentes de extrema direita internacional queriam ser de uma operação mais ampla de lawfare, golpes jurídicos e ataque à democracia.

Depoimentos, Investigações e Respostas Oficiais

  • Jair Bolsonaro confirmou o envio de parte dos milhões arrecadados via Pix para Eduardo manter sua vida política nos EUA, alegando especificamente lícita.

  • As investigações permanecem ativas sob sigilo , com o STF e a Polícia Federal concentrando esforços na detecção de movimentações financeiras e comunicações que possam configurar interferência estrangeira e tentativa de golpe de Estado.

Conclusão

A tarifa de Trump representou muito mais do que um debate comercial — para setores da inteligência brasileira, trata-se da ponta de lançamento de uma operação internacional, na qual a estrutura bolsonarista, o apoio informal da CIA e do governo Trump, e o financiamento via Pix estão convergindo para desestabilizar institucionalmente o governo Lula, podendo sinalizar uma nova tentativa de golpe articulado internacionalmente.

A purificação de origem dos recursos e das conexões internacionais políticas da família Bolsonaro tornou-se um dos focos centrais da investigação federal, no contexto do agravamento da crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos em 2025.

FONTE: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas ( Reprodução autorizada mediante citação da fonte: Agência de Notícias ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas )